segunda-feira, 17 de agosto de 2009

DAVE CHAPELLE'S BLOCK PARTY (2005)



Falando em Michel Gondry, aí vai um documentário dirigido por ele.“Dave Chapelle’s Block Party” tem o formato baseado no documentário dos anos 70 “Wattstax” de Mel Stwart.

Gondry segue o comediante Dave Chapelle enquanto ele agita essa festa de quarteirão no Brooklin em Nova York.Chapelle consegue a presença de vários astros da música soul e rap e a festa promete ser um sucesso.


Dave Chapelle é uma figura e o documentário é bem divertido. Também é legal assistir às performances de Kanye West,Eryka Badu,The Fugees mas principalmente a de Jill Scott, que tem na minha opnião uma das melhores vozes soul de todos os tempos.





Também conta com a presença de Mos Def (Be Kind Rewind).

Vale a pena ver sem compromisso... bom, qualquer coisa que o Gondry faz vale a pena pelo menos dar uma olhada.





terça-feira, 4 de agosto de 2009

BE KIND REWIND (2008)







“Rebobine Por Favor” é o mais recente filme ocidental do gênio francês Michel Gondry. Para quem não sabe, Gondry é provavelmente o mais cultuado diretor da última geração e ficou conhecido por dirigir uma série de videoclipes incríveis de nomes como Bjork,The White Stripes e Chemical Brothers. Gondry também dirigiu clássicos do cinema como “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” e “Human Nature” em parceria com o não menos brilhante roteirista Charlie Kaufman.

Aliás essa parceria ,assim como “Lennon e McCartney” , “Simon e Garfunkel” deveria ser permanente. Ninguém escreve roteiros como Kaufman e ninguém dirige como Gondry. No entanto, os roteiros de Gondry nem sempre estão a altura de sua habilidade como diretor.


Quanto ao roteiro de “Rebobine por Favor” ,Gondry consegue montar uma trama simples e divertida,cheia de elementos “Sessão da Tarde” que deixam o filme leve e fácil de assistir.


O problema, na minha humilde opnião , é o fato de Gondry usar o roteiro como uma desculpa para por em prática suas peripécias visuais. O aspecto imagético determina o curso da trama e ,para mim ,tinha que ser o oposto.Talvez por isso a história perca força ao longo do filme...mas talvez eu esteja sendo antiquado. Only time will tell...


Mas no geral vale a pena ver, é divertido , cativante , faz referência a vários clássicos dos anos 80 e tem as participações de Danny Glover (Máquina Mortífera), Mia Farrow (ex- Mrs. Woody Allen) e Sigourney Weaver (a eterna Ripley de Alien). Sem falar no Jack Black que sempre manda muito bem.


Perfeito para assistir com aquela mina, no quarto.Você vai impressionar ela com um filme cult,ela vai achar o início divertido , vai perder o interesse no final, e quem se dá bem é você.




LINK P/ TORRENT

domingo, 19 de abril de 2009

BIRTH (2004)



Captain Blood volta das trevas com talvez o mais subestimado filme de 2004: “Birth” (Reencarnação).
Trabalho do diretor inglês Johnathan Glazer, que também dirigiu o célebre “Sexy Beast”.
Esse suspense passou batido pelo público em geral , lucrou somente três milhões de dolares em cima de um orçamento de vinte milhões (o que do ponto de vista holywoodiano é uma mixaria) e por algum motivo , deixa a maioria dos espectadores com aquela inexplicável sensação de insatisfação. Alguns dizem que o filme constrói situações e não se dá ao trabalho de resolvê-las, outros dizem que o personagem oculto é meramente um artifício de roteiro e que não tem vida própria.

Me desculpem todos os críticos desse filme mas eu tenho que discordar.

Tendo como roteirista Jean-Claude Carrière , que muitos estudantes de cinema devem conhecer pelo livro “Linguagem Secreta do Cinema” e que não dá ponto sem nó, Birth é mais uma daqueles filmes que não se pode julgar logo após o fim do filme. A estória é baseada na relação da personagem de Nicole Kidman com um personagem morto, e o roteiro e a direção trabalham isso tão brilhantemente, através de um garoto que a presença desse personagem é mais forte do que a da personagem principal. Meio difícil de entender isso sem ver o filme, é claro, porém, quem já assistiu “Rebecca” do Hitchcock sabe o que eu estou falando.


Sem falar na música absurdamente boa de Alexandre Desplat , meu mais recente ídolo, que compôs a magnífica trilha sonora de “O curioso Caso de Benjamim Button” e deveria ter ganhado o Oscar 2009 por melhor trilha sonora sem sombra de dúvidas.

O que muitos consideram como elementos mal explicados na trama na verdade funcionam como artifícios para a criação de uma situação incrivelmente intrigante e que não necessita de respostas óbvias nem explicações paranormais.
“Bith” para mim é uma daqueles filmes que não vieram para resolver nem explicar nada, é preciso ser maduro o suficiente para aceitar a dúvida que ele gera como um fato, e não como um mote a ser concluído.

Tendo talvez a melhor atuação de Nicole Kidman, “Birth” tomou várias posições na minha longa lista de filmes favoritos e eu recomendo a pessoas que saibam apreciar um trabalho não convencional.


LINK P/ TORRENT

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

The Life and Times of Tim


O personagem central da série, Tim, é um cara que, por mais bem intencionado que seja, só se fode. A série mostra episódios da vida dele que o levam a se afundandar em roubadas e situações constrangedoras.

Uma das melhores coisas da série é jeito cínico que Tim usa pra encarar as situações ou pra explicar pra namorada as merdas em que ele se mete. Por exemplo, ao explicar pra ela como ele foi parar no programa 60 minutos por ter sido estuprado por um mendigo.

"The Life and Times of Tim" é assumidamente baseado no tipo de comédia que fazem Larry David (Seinfeld, Curb Your Enthusiasm) e Ricky Gervais (The Office UK, Extras), mestres do humor constrangedor.

A série de animação, exibida na HBO americana no final de setembro do ano passado ( no brasil o canal começou a exibir a série em novembro), foi criada pelo publicitário Steve Dildarian, que ficou famoso como autor da campanha dos sapos da Budweiser.

Por causa do projeto da Bud e dos tipos de trabalho que se seguiram à esse, Dildarian passou a estudar animação e acabou se aventurando a fazer ilustrações e dublagens. Dessa experiência toda surgiu o curta "Angry Unpaid Hooker", ilustrado e animado por ele e pela diretora de arte Leynete Cariapa.

O curta acabou ficando famoso, foi premiado e rendeu ao autor o convite pra explorar mais o personagem e fazer uma série pra HBO.

O primeiro episódio de "The Life and Times of Tim" é completamente baseado no curta, com alguns elementos a mais pra estender o episódio e deixar a situação ainda mais constragendora.

A série tem 10 episódios com duas estórias em cada. O desenho é tosco e pouco expressivo e a ausência de trilhas deixa boa parte da expressão por conta das dublagens, que são muito boas (o prórprio Steve Dildrian dubla Tim e ele acredita que a série funcionaria até como um programa de rádio, devido ao nível das dublagens), e por conta do roteiro, que é muito bem escrito.

Steve Dildarian declarou que há interesse da HBO em produzir mais uma temporada. Espero que role.

Infelizmente ainda não fizeram legendas para a série.
Link para os torrents dos episódios.

Quem quiser conhecer um pouco da série antes de baixar, pode ver uns clipes no site da HBO, aqui ou no canal youtube oficial da série aqui.

Para assistir os episódios online clique aqui.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Little Otik - Otesánek


Se vc é como eu, que adora um filme surreal e diferente, não pode deixar de baixar esse conto de fadas gore! Little Otik (Tchecoslováquia - 1996) é  sobre um casal que não pode ter filhos, então enlouquecem. O marido esculpe um bebê a partir de uma raiz de árvore e a esposa cuida da mesma como se fosse uma criança de verdade. Ela fica obcecada com isso e até chega a simular uma gravidez para que toda a vizinhança acredite que ela deu mesmo à luz e não deixa que ninguém o veja... Até que a tal raiz cria vida! O que o casal nao esperava é que Otesánek começasse a ter estranhos comportamentos, a começar pelo enorme apetite, que chega a ser insaciável. Ele de fato não é um bebê comum. Ele é uma raiz de planta.

I'm sorry, legendas somente em Inglês.




A primeira postagem ninguém esquece




Tá legal gente, o título desse post é um chavão, mas é a mais puta, ops, pura verdade. Fui convidada por Willie Caolho e Captain Blood para ser donzela do cabaré que eles frequentam (como bons piratas que são) e a incrementar o conteúdo deste humilde blog. 

Me sinto lisonjeada em contribuir! 

Au revoir mon chéris e ma chéries! ^^


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Slumdog Millionaire


Danny Boyle, o diretor escocês de filmes como Cova Rasa e Trainspotting , é completamente imprevisível. Depois do sucesso mundial desses filmes, os dois primeiros longas da carreira do diretor, Danny Boyle teve carta branca dos grandes estúdios de hollywood para fazer o projeto que quisesse.

Com o mesmo roteirista (John Hodge) e o mesmo produtor (Andrew MacDonald) dos filmes anteriores ele acabou fazendo A Life Less Ordinary , uma comédia esquisita que acabou sem sucesso de público ou de crítica. Apesar disso ele continuou a fazer filmes autorais, mas nenhum deles teve grande expressão. Só agora, depois de 12 anos e 6 longas, ele conseguiu superar o sucesso de Trainspotting (que teve uma indicação ao Oscar), considerado a sua obra-prima.


Slumdog Millionaire, o último longa do diretor escocês, lavou a égua. Levou os 4 Globos de ouro para os quais foi indicado (foi o grande vencedor da noite) e foi indicado à 10 estatuetas do Oscar. O filme, que no Brasil vai se chamar "Quem Quer Ser Milionário?", tem estréia prevista para 6 de março, com pré-estréias a partir de 20 de fevereiro, aqui no país.

Caso raro entre os filmes que ainda nem entraram em cartaz nos cinemas brasileiros, o longa já tem uma versão pra download. Saiu em release de dvd screener (pirataria do DVD que os produtores enviam aos críticos). A versão tem qualidade legal e vale pra quem quer ver logo e não é tão purista.

O filme é realmente bom e tem a marca forte do estilo narrativo do Boyle. Cortes rápidos e câmera ágil, no melhor estilo da geração "cinema independente". A fotografia é foda também e aproveita bem as cores fortes da Índia pra dar o tom das cenas.

Não vou contar muito do que se trata o argumento, mas o "Show do Milhão" indiano que o título indica é só o pano de fundo pra contar a estória fudida de dois irmãos das castas mais pobres (que tem uma pitada de Forrest Gump) e, de brinde, mostrar a evolução econômica da Índia nos últimos vinte anos.


O filme é interessante pra caralho por mostrar um mundo desconhecido pra muitos ocidentais e por homenagear BollyWood, a maior indústria de cinema do mundo. Aliás a cena dos créditos finais é uma daquelas cenas musicais clássicas dos filmes indianos, com todo mundo fazendo coreografia.

E a Globo ainda vai pegar carona no sucesso do filme! Coincidentemente a emissora acabou de lançar uma novela com tema indiano. Com certeza o canal vai torcer pro filme bombar nas salas brasileiras.

Eu sou fã do Danny Boyle e vi quase todos os filmes dele desde Cova Rasa. Não acho que esse seja os melhor trabalho dele, mas geralmente os filmes premiadíssimos e sucesso de público não são os melhores mesmo.

Pra quem é fã também eu recomendo (além de Cova Rasa e Trainspotting, é claro) o 28 Days Later e o Sunshine.

O primeiro é um tipo de releitura dos filmes de zumbi, só que no caso os zumbis são humanos infectados com um super vírus da raiva. Fodaço!!!! Não deixem de ver o final alternativo que tem no dvd, bem melhor do que o que foi pro corte final.

O Sunshine é o filme espacial do Boyle. Tem pitadas de 2001, Alien, e Solaris (a versão do Soderbergh). Se o roteiro pode acabar desagradando a maioria por conta de alguns furos, o filme vale pelas referências e pela estética que é do caralho.

Link pro torrent do Slumdog Millionaire.
Legendas em português disponíveis no Legendas.tv

Errata: O amigo Luciano Ramos, do blog Cinema Falado, apontou um erro no meu texto. O Danny Boyle não é escocês e sim inglês. Eu poderia simplesmente alterar o texto, mas pra não fica 1984 demais eu preferi postar essa errata. Valeu Luciano!