segunda-feira, 29 de outubro de 2007

GRINDHOUSE - Planet Terror (2007)







Imagine que voce tem 12 anos de idade, é fanático por filmes de terror e video-games e um dia a DIMENSION FILMS decide te dar uma puta grana para fazer o filme que voce quiser, e carta branca para usar o TROUBLE MAKER STUDIOS , o que voce faria??? Provavelmente o resultado final seria PLANET TERROR!!
















No outro filme do duo GRINDHOUSE , Robert Rodriguez deixa mais uma vez seu toque sangrento na tela e consegue fazer um épico trash de proporções nunca antes vistas! Uma genuína Zombie Quest filmada nos anos 2000 mas com o feeling dos anos 70. Explosões desnecessárias, zooms em super close, violência gratuita e cenas impossíveis de acreditar só deixam o filme mais e mais legal do início ao fim!












O filme também tem no elenco Bruce Willis, Rose McGowan (Charmed) , Freddy Rodríguez (6 feet under) ,Naveen Andrews (Sayid de Lost) e Quentin Tarantino . A Fergalicious Stacy Ferguson também faz uma ponta e tem seu cérebro comido pelos zumbis. No great loss I would say... Great tits thow.

Eletrizante, empolgante, extremamente bem dirigido e conduzido.
Deixa Death Proof no chinelo.


LINK P/ TORRENT


PS: Vem com o trailer do imperdível MACHETE!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

RABID (1977)








Após um acidente de moto, uma linda jovem é submetida a uma cirurgia plastica experimental de emergência. Á partir daí nada pode saciar sua fome a não ser.. SANGUE HUMANOOOO!!!!




Lançado em 1977, Rabid é um dos primeiros longa-metragens de David Cronenberg e como de costume em sua obra contem muito sangue, nudez e escatologia. Algumas pessoas podem que esses elementos só servem como agentes “vulgarizadores” de um potencialmente bom trabalho artístico.... mas essas pessoas não merecem nossa atenção.

David Cronenberg é por muitos considerado o maior diretor de filmes de horror. É sem dúvida um mestre da arte Gore e dirigiu vários clássicos do genero como : “Scanners (1981)” , “Videodrome (1983)” , “The Dead Zone (1983)” , “The Fly –A MOSCA (1986)” e “Friday the 13th – SEXTA-FEIRA 13 (1988)”. Sem falar em “Naked Lunch” , “eXistenZ” e “A History of Violence”. Cronenberg tambem lançou seu mais recente filme esse ano “Eastern Promisses” que tambem está sendo exibido na 31 Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e vale a pena ir ver. LINK P/ SALAS E HORÁRIOS.










Mas voltando a Rabid, o interessante do filme é que a atriz principal não vem do meio convencional de escolas de atuação e teatro. Ela é a famosa atriz pornô Marilyn Chambers que em 1972 estrelou o porno-cult “Behind the Green Door”.
E para meu espanto Chambers é a melhor atriz do filme. Ela tem fotogenia, presença, fluência e timing perfeito. Fiquei de cara!

Òtima pedida para o Halloween.

LINK P/ TORRENT

terça-feira, 23 de outubro de 2007

INLAND EMPIRE (2007)





Estrelando Laura Dern e Jeremy Irons.






David Lynch, o famoso diretor de Twin Peaks, Estrada Perdida , Cidade dos Sonhos, O Homem Elefante, entre outros classicos, vem para a 31 Mostra Internacional de Cinema de São Paulo com mais uma de suas pirações para tirar o sono daquele tipo de pessoas que tem o lado esquerdo do cérebro dominante .





Inland Empire (Império dos Sonhos) é genial como todos os filmes de Lynch, mas se voce nunca assistiu nada dele, talvez ( ou com certeza ) voce não entenda nada.
A dica com David Lynch é se concentrar na experiencia sensorial que o
filme proporciona.

Imagine um diretor que perverta todos os recursos audio-visuias
possiveis , use isso para criar uma constante sensação de angustia e
deja vu.. Assim é o trabalho de David Lynch.

Por essas e outras que o ideal é aproveitar a chance para ir na Mostra e assistir na telona. > LINK P/ SALAS E HORÁRIOS DE EXIBIÇÃO

Mas caso voce não possa ir ou não encontre ingresso, ai vai o LINK P/ TORRENT

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

LA MÔME (2007)





Dizem por aí que homem que curte Edith Piaf tambem é fã de Maddona,Cher e Barbara Streisand. Que os indivíduos do sexo masculino, fans da diva francesa, assistem “Queer eye for the straight guy” e dublam “It´s raining men” e “I will survive” no banheiro usando maquiagem.

Eu discordo completamente! Eu sou fã de Edith Piaf desde pequeno e sou muito macho! Assisti “Tropa de Elite” 4 vezes!
Mas é claro que fica estranho se logo depois daquela pelada eu chegar no vestiário falando que assisti um filme sobre a vida dela e chorei quando ela cantou “Je ne regrette rian” . Para isso serve “O Corsário”.





“La Môme” (PIAF - UM HINO AO AMOR) mostra a tragetória de Edith Piaf desde sua infância , quando viveu aos cuidados de prostitutas num prostíbulo, sua consagração como talvez a maior cantora popular francesa de todos os tempos, até sua morte aos 47 anos.
Filha de um artista de circo e de uma cantora alcoólatra e negligente, Piaf se não fosse por seu talento com certeza teria morrido muito mais cedo de cirrose , ou de tanto apanhar de um cafetão qualquer em algum bar de terceira. A mina curtia um goró e um cafajeste.





A narrativa em flash backs,e a perfeita reconstrução de época renderam a Olivier Dahan uma indicação ao Globo de Ouro desse ano, mas o que realmente é foda no filme é a atuação de Marion Cotillard. Ela conseguiu personificar Piaf melhor que a própria Piaf. O gestual, a voz, a personalidade. Genial! Se eu fosse da “Academia” o meu Oscar ia para ela com certeza, mas como ela só fala frances no filme talvez os McAmericans nem a indiquem.






O filme além de ter muita música , tambem conta com a participação da minha eterna musa Emmanuelle Seigner (Lua de Fel) que faz a prostituta Titine ,e ainda é muito gata, e do bom e velho Gèrard Depardieu que faz o produtor Louis Leplée.

Pode assistir que é classe!

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quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O CHEIRO DO RALO (2006)




Já está disponível para download o filme homônimo do livro “O Cheiro do Ralo” do genial Lourenço Mutarelli



Selton Melo faz o protagonista canalha Lourenço que é dono de uma loja de penhores e é obcecado pela bunda de uma garçonete. Lourenço é um filho da puta e a bunda da garçonete é uma delícia.
O filme é legal, bem feito e o caralho.. mas não faz jus ao livro, como de costume.


Para quem não sabe, Lourenço Mutarelli começou sua carreira como cartunista. Ganhou nada menos que seis prêmios HQ Mix, dois Angelo Agostini e um Nova. Ele talvez seja o cartunista mais cultuado da nova geração brasileira. Sua transição para a literatura (segundo disse o próprio Mutarelli num workshop em que eu estava ) veio com a morte de seu pai. Ele parou de desenhar genialmente e começou a escrever brilhantemente.



Quando eu fiquei sabendo que o Heitor Dahlia (Nina) ia filmar essa estória com o Selton Melo de protagonista eu tive certeza que ia ser uma bosta. Eu achei “Nina” uma adaptação horrível de Crime e Castigo e o Selton Melo não parece nem um pouco com o protagonista. E no livro o que cria identificação é a relação entre a aparência física do protagonista e sua personalidade.

Mas eu estava enganado, o filme é legal sim.



O foda é que o filme é que segue o texto fielmente mas passa muito pouco do clima que é criado no livro. Já começa que o personagem principal no livro não tem nada a ver com o Selton Melo e a loja de penhores do livro é outra. Muito da personalidade do protagonista do livro vem de sua aparência. E onde é para ser bizarro o Heitor Dahlia deixou melancólico. Daí muito da sutileza da narrativa também se perde no meio do caminho.

Mas em compensação... tem A BUNDA e muita nudez.


Perfeito para assistir domingão , de cueca , ao invés de dar aquela geral no apê.



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quinta-feira, 4 de outubro de 2007

BUY THE TICKET, TAKE THE RIDE: Hunter S. Thompson on Film (2006)




Em 2005 a literatura de língua inglesa perdeu um de seus maiores ícones e eu vi um sonho meu ir por água abaixo. Hunter S. Thompson se matou com um tiro na boca sentado em frente a sua maquina de escrever e eu perdi para sempre a possibilidade de algum dia sentar com ele para trocar uma idéia.

Hunter S. Thompson é considerado por muitos o maior escritor de lingua inglesa desse século e é um mito absoluto no meio literário e jornalistico.
Inventou o Gonzo Journalism. Seu estilo de escrever deu nova perspectiva a notícia e á ficção. Sua obra influencia e ainda vai influenciar escritores por séculos.

Mas o que mais parece marcar sua história é a mística em cima de sua personalidade. Excessivo consumo de alcool e drogas, vandalismo, contravensão, exentricidade e insanidade eram marcas registradas de Hunter, e ao contrario do que normalmente acontece são esses fatores que o tornam popular.


Esse documentário ,narrado por Nick Nolte, reune depoimentos de amigos , familia e pessoas que conviviam com Thompson, entre eles Johnny Depp , Sean Penn, Bill Murray, John Cusack,Benicio Del Toro,Gary Busey entre outros. É uma homenagem carinhosa a Thompson e reforça o mito mesmo ao mostrar seu lado humano. É cheio de antigas e recentes filmagens de Hunter e mostra cenas dos filmes “Where the Buffalo Roam (1980)” com Bill Murray o interpretando ( aguardar post de Willie Caolho) e “Fear and Loathing in Las Vegas (1998)” dirigido por Terry Gillian e estrelado por Johnny Depp (careca) ,que tambem interpreta Hunter numa drug road trip com seu advogado. Esse filme aliás é homonimo do livro , e também é foda.


Hunter sempre viveu sua vida nos seus proprios termos e nada mais natural que sua morte tambem tenha sido. Ele sofria de vários problemas de saúde e os excessos começaram a cobrar o preço.O cara viveu uma vida intensa e não merecia mendigar por mais alguns de vida numa cama de hospital. Hunter simplesmente escolheu a hora da partida. He bought the ticket, took the ride and jumped out when he felt like it.

“Buy the Ticket, Take the Ride: Hunter S. Thompson on Film” vai emocionar quem é fã e vai fazer quem nunca leu querer ir atrás.

Um brinde ao velho Doc!!


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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

DIG!


DIG! é um documentário ganhador do grande prêmio do júri do sundance de 2004 e conta a estória de duas bandas, Brian Jonestown Massacre (o nome da banda é uma mistura de Brian Jones, fundador dos Stones, com o Jonestown Massacre, suícido coletivo na seita de Jim Jones) e Dandy Warhols, que se conheceram em 1996 e se identificaram imediatamente, passando a conviver e a fazer shows juntos. O filme é centrado na relação dos dois líderes das bandas, Anton Newcombe e Courtney Taylor (BJM e Dandy, respectivamente) que, ao se conhecerem, se identificaram mutuamente. Anton é underground e original, enquanto Taylor é poser e muito mais pop.

O documentário, narrado por Taylor, começa com os Dandy Warhols assinando com a Capitol Records e, a partir daí, seguindo uma carreira de sucesso progressivo, enquanto a BJM estraga uma após outra oportunidade de sucesso, tudo por causa da megalomania e da loucura do seu líder, Newcombe. Ele é genial (e isso é uninanimidade entre todos que foram entrevistados para o filme) e prolífico (no ano de 1996 o BJM lançou 3 discos) mas a heroína, a dificuldade de se relacionar com outras pessoas e o fato de se achar Deus faz com que ele se desvie o tempo todo do caminho ao estrelato.

DIG! mostra uma porrada de brigas do cara com os membros da banda e até com o público e mostra o desgaste da relação entre as bandas, que acabam vivendo realidades opostas no mercado da música. Destaque para a cena que mostra o oportunismo dos Dandy Warhols indo fazer uma sessão de fotos para o disco novo (de surpresa) na casa dos BJMs, detonada após uma festa, posando de junkies. Festa a qual eles não foram por que ficaram numa balada com o diretor do clipe de 500 mil dólares que eles tinham acabado de filmar.

O material capturado pelo diretor é bem completo e a montagem é foda. E um figuraça acaba roubando a cena muitas vezes: Joel Gion, o tambourine man da banda. Ele é o primeiro a aparecer no filme, numa cena que já da pala do tanto que o cara é figura. E aparece em primeiro plano no poster do filme. É um xarope com um corte de cabelo bizarro que parece estar chapado o tempo todo. Em uma entrevista recente ele disse que na época chegou a passar cinco dias sem dormir, de tão fritado.

Joel Gion foi o escolhido para representar o filme nos festivais. Ele, que viu o filme mais de 30 vezes, disse que encara a obra como um álbum de fotos em movimento e disse que o documentário é focado numa fase ruim de Newcombe.

O filme, apesar de renegado por Newcombe, acabou fazendo pela banda dele o que ele mesmo nunca conseguiu fazer: os deixou famosos. A BJM voltou com uma nova formação e pelo site da banda é possível ver que eles tinham shows marcados até o fim de setembro deste ano. Os Dandy Warhols continuam gravando discos e fazendo shows desde aquela época.

Links:

- Trailer de DIG! no youtube;

- Torrent do filme;

- Legenda (só tem em inglês e foi tão foda de achar que eu postei no rapidshare);

- Thank God For Mental Illness, disco do BJM, no rapidshare (Não coloquei linka pra disco dos Dandy Warhols por dois motivos: é fácil de achar e eu acho o som dos caras palha...);

- Discografia BJM;

- Discografia DW;

- MySpace do Brian Jonestown Massacre;

terça-feira, 2 de outubro de 2007

EUROPA (1991)




Para quem não sabe, Lars Von Trier realizou outra trilogia antes do projeto Dogville,Manderlay e Wasington. “Europa (1991)” é a ultima parte da trilogia “E” iniciada com “Element of a Crime(1984)” seguido por “Epidemic (1987)” .




O filme é quase totalmente em preto e branco e o diretor abusa de técnicas de rear screen projection, fazendo uma passagem de cena mais original que a outra.













Mas o que é interessante é que a trama se passa na Alemanha em 1945 , logo após a guerra e o protagonista é um jovem americano que se muda para Alemanha e é empregado por seu tio como responsável pelo vagão leito de um trem de passageiros da empresa ferroviária Zentropa. Cargo inusitado mas que o involve numa trama de sabotagem e terrorismo.

A Alemanha ocupada pelos americanos vive um período negro de recessão e miséria e o protagonista se involve com uma familia alemã que consegue por artimanhas políticas manter sua posição social. Grupos nazistas ainda resistem a ocupação e uma série de ataques terroristas preocupam as autoridades alemãs e americanas.



Esse contexto político/histórico não só é extremamente interessante por mostrar um período histórico pouco explorado por cineastas em geral, mas é tambem uma oportunidade de Von Trier dar suas alfinetadas na politica internacional americana.
Texto extremamente bem escrito e original de Von trier e seu parceiro Niels Vørsel , e que insiste em colocar o espectador em primeira pessoa.

Resumindo.. Outro puta trampo genial de Von Trier que merece ser assistido algumas vezes.



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